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Quando voltarei a ver três dos meus filhos. A minha mãe. A minha irmã, o meu cunhado e os meus sobrinhos. Quando voltarei a estar com a restante família. Os meus amigos. Os meus colegas?
O que será que sairá daqui, quando isto passar? E quando vai passar?
Podemos olhar para este período inédito da nossa história como uma oportunidade de crescer, enquanto sociedade? Mas como, se o pessoal continua a ir para a praia todo contente, logo que faz um pouco de sol?
A poluição aliviou. Mas a economia está a ganir de dor. Haverá gente a perder sustento, empresas a fechar. O digital afirma-se como negócio maduro? O streaming de vídeo e áudio cresce como nunca? Mas se não se filmar novo conteudo brevemente, até o streaming vai à vida...E como é que o mercado publicitário, que sustenta o negocio de media, vai viver este angustiante durante e navegar depois no que virá a seguir?
Sobretudo...quantos vão morrer?
O planeta ficou, de súbito, da sua justa dimensão. Ou será melhor dizer que a Humanidade ficou reduzida à sua real expressão: somos todos bastante frágeis e próximos uns dos outros. A China é tão perto como outro sítio qualquer, afinal. África, Europa, Américas, Ásia, tudo é uma coisa só, com nomes diferentes. O Vírus atira-nos isso às trombas de uma maneira cruel e violenta.
Saibamos, ao menos, aprender com isso. E quem lidera, que esteja à altura das circunstâncias graves em que estamos metidos.
Claro que nada disto é garantido a 100% ou em todo o lado. Bolsonaro, Trump, Johnson..tragédias entro da grande tragédia. Mas na mesma medida que todos os que apregoam que a eles nada lhes toca, isto é tudo um exagero, que frescura.
O chico-espertismo nunca foi boa prática, só que aqui é potencialmente homicida.
Ainda assim, o mais importante acho que é isto: respeitar o distanciamento social:
Ficar em casa é um gesto individual que devemos assumir por amor aos nossos. E a toda a humanidade. Love is all we need.
Como sempre.
Permaneçam seguros.
Vai ficar tudo bem. Demorará, e vai doer durante todo o caminho. Mas vai.