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Onze.

por PR, em 14.07.11

Se fosse possível, minha filha, explicar-te tudo o que és, para mim e em mim; começava por explicar-te que dia 14 de Julho de 2000 o teu papi sentiu uma felicidade plena e inédita, uma certeza de amor incondicional e eterno logo à nascença. E disse-te, quando te tive nos braços, pela primeira vez, recém nascida a chorar na Maternidade Alfredo da Costa, numa tarde super quente: "Eu é que sou o teu pai".

Sabes, filha, o papá tem tanto, mas tanto orgulho em ti! A aluna extraordinária que és, a curiosidade que é motor da inteligência e que tu sempre tiveste, desde o primeiro dia, bebé a apertar o meu dedo como quem, nesse gesto, agarra toda uma vida.

Quando tinhas cólicas e eu pegava em ti ao colo, tu de barriga para baixo e eu ali a passear contigo pela casa, cantando baixinho, a tentar acalmar-te. Sim, filha, o pai já está para aqui a choramingar, já sabes como eu sou. Quando ficavas doentinha e era preciso fazer "fuminhos" naquela máquina que o teu irmão depois também usou. Quando começaste a comer sopa e não percebias que coisa era aquela, atrapalhada na tua inocência de bebé à procura do que viria a seguir, nessa aventura de aprendizagem permanente, dos sentidos todos. Quando ias para a escola e ás vezes ficavas a chorar, mas depois eu ligava para lá, pai de 1ºviagem aflito, e me diziam "está óptima, ali a brincar toda contente".

Ò filha, tu és tão linda, pá!

Ver-te crescer é a maior bênção de Deus, a ti e ao teu mano, com quem passas a vida a implicar e ele contigo, mas não vivem um sem o outro!

Sabes, Mafaldinha, adoro ver-te a ler os teus livros, ver-te a ver as tuas séries e novelas (há uma série nova no Nickelodeon que já percebi que é A cena, agora) é maravilhoso, olhar sereno e atento, sempre. O teu olhar meigo e curioso. O teu sorriso de beleza pura, quando estás feliz!

Diz-me filha, tu és feliz não és? Está a correr bem, não está? Sinto que está, e que cada dia é uma dádiva, todos os dias. O meu orgulho no ser humano que és, faz com que cada aniversário teu seja uma celebração da mais pura alegria, aquela alegria que não se consegue explicar ou descrever completamente. Posso continuar a chamar-te Mafaldinha, Mafaldinha? Mesmo quando fores mais crescida e o papá mais cota? Posso continuar a esticar a minha mão na tua direcção, no carro e tu continuarás a agarra-la e a sorrir, como fazes desde que eras bebé e iniciámos esse ritual tão nosso? 

Agora que descobriste a Bershka e a Accessorize, queres um Mp3 e um computador, vais uma semana (Meu Deus!) para um Campo de Férias, queres ir á Austrália, a África fazer um Safari e queres andar à frente no carro...é comovente saber que, à noite, dormes com o velhinho coelho azul e branco da Dodot, como fazes desde bebé.  Porque estás crescida, mas és pequenina, sabes? E isso é lindo. 

Mafalda, onze anos. Tão crescida. Como acho que acontece com todos os pais, independentemente da idade dos filhos, tu serás sempre a minha princesa, a minha pequenina, o meu tesouro. E sempre que eu disser "Muffy, Muffy, Muffy", tu respondes "Papi, papi, papi", está bem?

A Miley Cirus, a Vera Kolodzig, o Justin Bieber... não devem poder aparecer hoje, mas prometo-te um dia em grande, meu amor.

Até já, filha, parabéns!

 

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1 comentário

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De Daniela a 14.07.2011 às 09:20

Parabéns pelo texto Pedro. De certeza que a Mafaldinha adora o pai,tal como ele a adora!Fiquei emocionada... :) Feliz dia para a família. P.S.Parabéns pelo blog.

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