Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Quando um pai olha para uma filha, que ama como ama todos os seus filhos, mais do que a sua própria vida, e pensa: é uma injustiça incompreensível, esta coisa de ter apenas 10 dias em cada mês com ela. E ela com o pai, com os irmãos, com a mulher do pai, que a trata com o amor com que trata todos, numa casa que é dela também.
Semana sim, semana não, de quinta a segunda. Ou seja, nunca, a não ser nas férias, esta criança passa terças e quartas-feiras com o pai, os irmãos e por aí fora. Nunca.
Faz sentido?
Não entendo como não é por default uma semana com a mãe outra com o pai. E como há pais e mães que não percebem que é esse o interesse da criança, um equilíbrio que é necessário defender intransigentemente.
Em tempos de justa mobilização pela defesa de direitos elementares, é talvez hora de lutar também contra esta discriminação, que é tantas vezes prejudicial às crianças visadas e às suas famílias.
Além de ser uma profunda dor, permanente como uma moínha que está sempre ali, pela vida fora, enquanto o tempo passa, as crianças ficam a perder e ninguém ganha.
Ninguém.